Han Solo: Uma História Star Wars

“Há muito tempo, em uma galáxia muito distante…”. Muitas são as emoções sentidas pelos fãs quando é anunciado o lançamento de um novo filme da franquia Star Wars. Aquilo que começou em 1977 com o jovem Luke Skywalker dando início à sua jornada do herói, permeou-se ao longo das décadas como uma franquia icônica para o cinema moderno.

Graças a esse fato e a pressão exercida pela quantidade exorbitante de fãs, torna-se uma aposta bastante arriscada remodelar os tão amados personagens da primeira trilogia. Como foi o caso da tentativa no final dos anos 1990 com Episódio I, que até hoje reserva uma significativa porção de expectadores que torcem o nariz para alguns elementos e personagens.

Em 2015, com o lançamento de O Despertar da Força, uma nova tentativa de continuar produzindo filmes dessa franquia era realizada. O resultado disso foi bastante lucrativo e quando há dinheiro, novas motivações começam a surgir.

Foi assim que os estúdios resolveram tentar uma nova aposta, a produção de spin-offs da trilogia original, começando em 2016 com Rogue One, e graças ao seu sucesso de bilheteria e crítica, rendeu a possibilidade da produção de Han Solo: Uma História Star Wars. Porém, é aí que as coisas começam a balançar um pouco.

O longa que conta com a missão de desenvolver a origem do personagem eternizado por Harrison Ford, não chega necessariamente ser um filme ruim, contudo, sofre de alguns problemas que, dada a sua importância, podem ser considerados grandes problemas. A responsabilidade de Alden Ehrenreich era grande, uma vez que a pressão de interpretar um dos mais importantes personagens já criados estava sobre seus ombros, mas, por incrível que pareça, ele se sai bem.

Apesar de ser muito mais baixo que Ford e não possuir os trejeitos do mesmo, Ehrenreich é carismático e passa bem a impressão de ladrão que, apesar de malandro, possui um bom coração, o que é reforçado pela direção de Ron Howard, quando mostra longos planos silenciosos do personagem.

O restante do elenco também está muito bem, especialmente no que diz respeito a alguns membros da equipe de Solo, tais como Beckett (Woody Harrelson) e Lando (Donald Glover), e também o vilão, interpretado por Paul Bettany, que cumprem bem seu papel, mas não chegam a impressionar. Esse, na verdade, é o grande problema do filme. Ele é decente, porém, não é grandioso.

As cenas de ação não possuem o ar de grandiosidade, já tão esperados nos filmes da franquia. O roteiro escrito por Jonathan e Lawrence Kasdan, apesar de sóbrio e razoavelmente bem construído, se perde quando tenta produzir fan services demais, tentando explicar informações sobre o Han Solo que acabam por se mostrar desnecessárias.

A Direção de Fotografia, apesar de bonita, não chega a ser exuberante. Em alguns momentos, espera-se, inclusive, que se pese mais a mão e nos mostre paisagens mais fantasiosas,  com novos cenários fantásticos e impressionantes.

De uma forma geral, Han Solo: Uma História Star Wars é um bom filme, entretém e diverte. Porém, não é marcante. E isso, se tratando de filmes sobre Star Wars, pode ser um tiro no pé, quando se tem intenções de continuar produzindo histórias com essa premissa, o que o filme tenta fazer ao abrir cliffhangers para próximos filmes.

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