O cinema hollywoodiano está entrando em crise por causa da pandemia do novo Coronavírus. A bilheteria dos EUA no último fim de semana, por exemplo, teve a sua pior arrecadação em 20 anos. Além disso, muitos cinemas ao redor do país têm fechado, porque não conseguem manter o público. Esse contexto, da mesma forma, vai mexer bastante com a maior premiação do cinema estadunidense do próximo ano: o Oscar 2021.
De acordo com o site Indiewire, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas está levando em conta a possibilidade de alterar algumas de suas regras para a inclusão filmes lançados on demand.
Recentemente, alguns estúdios têm apostado na prática de lançarem as suas produções em plataformas digitais. Um exemplo é a Universal Pictures. À princípio, três filmes, que acabaram de estrear nos EUA, terão seus lançamentos via on demand antecipados pelo estúdio: A Caçada, O Homem Invisível e Emma; enquanto que a animação Trolls World Tour será o primeiro filme lançado em duas mídias simultaneamente.
O Dilema dos Estúdios Hollywoodianos
Com isso, estúdios e distribuidoras estão analisando a seguinte questão: lançar os filmes em VOD, mergulhando na incerteza da arrecadação e jogando fora suas chances de serem indicados ao Oscar, ou esperar até o final do ano, quando toda essa situação se acalmar? Além disso, é necessário levar em consideração o fato de que muitas produções não conseguirão ficar prontas para os festivais no fim do ano ou para a próxima temporada de premiações.
Porém, em nota, a Academia expressa o seu posicionamento. “A Academia está focada em ajudar nossa equipe, nossos membros e o setor a navegar com segurança por essa crise econômica e de saúde global. Estamos no processo de avaliar todos os aspectos desse cenário incerto e que mudanças podem precisar ser feitas. Estamos comprometidos em ser ágeis e com visão de futuro, ao discutirmos o que é melhor para o futuro da indústria e faremos outros anúncios nos próximos dias.”
A cerimônia do Oscar 2021 está prevista para ser realizada no dia 28 de fevereiro do ano que vem.
Além do Oscar 2021: As Consequências na Indústria de Entretenimento
O surto do novo Coronavírus tem apresentado várias consequências para o mundo e a indústria de entretenimento não escapa disso. Recentemente, a OMS (Organização Mundial de Saúde) decretou caso de pandemia. Filmes como Mulan, Um Lugar Silencioso: Parte II, 007: Sem Tempo Para Morrer etc tiveram suas estreias adiadas. A gravação de Velozes e Furiosos 9 e Falcão e o Soldado Invernal também foram canceladas por um tempo. Além disso, a China perdeu mais de US$ 200 milhões em bilheteria, o que fez com que vários cinemas precisassem ser fechados no país.
Além de Tom Hanks e Rita Wilson, outras celebridades já contraíram o COVID-19. Entre eles, o ator Idris Elba, a ex-Bond girl Olga Kurylenko, Kristofer Hivju (Game of Thrones), entre outros. Enquanto que aqui no Brasil, nomes como a cantora Preta Gil, a atriz Fernanda Paes Leme e o cantor Di Ferrero são alguns nomes que já se manifestaram sobre seus diagnósticos.
À princípio, os casos aqui na América do Sul começaram a aparecer em países como Chile, Argentina e Brasil – 793 infectados em 23 estados mais o Distrito Federal, a maioria em São Paulo (345) e no Rio de Janeiro (109). A informação é confirmada pelas Secretarias de Saúde Estaduais. Por outro lado, segundo o Ministério da Saúde, são 621 casos confirmados. (Dados atualizados às 17:11h).
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