O tradicional Festival de Cannes, um dos maiores do cinema, foi adiado por causa da pandemia do novo coronavírus. A edição desse ano ocorreria entre 12 e 23 de maio. Segundo os organizadores, o evento pode ser reagendado para o final de junho ou começo de julho.
“Neste momento de crise global de saúde, nossos pensamentos vão para as vítimas do Covid-19 e expressamos nossa solidariedade a todos que lutam contra a doença. Assim que o desenvolvimento da situação sanitária francesa e internacional nos permitir avaliar a possibilidade real, daremos a conhecer a nossa decisão, de acordo com nossa consulta contínua ao governo francês e à prefeitura de Cannes , bem como com o evento do Festival, membros do Conselho, profissionais da indústria cinematográfica e todos os parceiros do evento“, disse a organização do Festival, em comunicado.
Desde sua primeira edição após a Segunda Guerra Mundial, em 1946, o festival nunca foi adiado antes. O único cancelamento aconteceu em 1968, durante os protestos de estudantes que aconteceram em todo o país. A decisão de adiar acontece alguns dias depois que o presidente da França, Emmanuel Macron, fechou as fronteiras do país por pelo menos duas semanas. Na Europa, a França é o terceiro país mais impactado (atrás da Itália e da Espanha) pelo coronavírus, com 10.995 casos e 372 mortes até esta última quinta-feira (19).
O grande vencedor da Palma de Ouro do Festival no ano passado foi o longa sul coreano, Parasita, de Bong Joon-ho. O Brasil foi representado, principalmente, por duas produções: Bacurau, de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, e A Vida Invisível, de Karim Aïnouz. O primeiro levou o Prêmio do Júri do Festival, enquanto que o segundo foi escolhido como o representante do Brasil no Oscar 2020.
Além do Festival de Cannes: As Consequências na Indústria de Entretenimento
O surto do novo Coronavírus tem apresentado várias consequências para o mundo e a indústria de entretenimento não escapa disso. Recentemente, a OMS (Organização Mundial de Saúde) decretou caso de pandemia. Filmes como Mulan, Um Lugar Silencioso: Parte II, 007: Sem Tempo Para Morrer etc tiveram suas estreias adiadas. A gravação de Velozes e Furiosos 9 e Falcão e o Soldado Invernal também foram canceladas por um tempo. Além disso, a China perdeu mais de US$ 200 milhões em bilheteria, o que fez com que vários cinemas precisassem ser fechados no país.
Além de Tom Hanks e Rita Wilson, outras celebridades já contraíram o COVID-19. Entre eles, o ator Idris Elba, a ex-Bond girl Olga Kurylenko, Kristofer Hivju (Game of Thrones), entre outros. Enquanto que aqui no Brasil, nomes como a cantora Preta Gil, a atriz Fernanda Paes Leme e o cantor Di Ferrero são alguns nomes que já se manifestaram sobre seus diagnósticos.
À princípio, os casos aqui na América do Sul começaram a aparecer em países como Chile, Argentina e Brasil – 428 infectados, 11.278 casos suspeitos e 1.841 casos descartados (Dados atualizados às 15:18h).
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