Nascido em Daegu, Coreia do Sul, em 14 de setembro de 1969, Bong Joon-ho é mais um cineasta estrangeiro a ganhar o Oscar. O caminho até o topo vem sendo trilhado desde o começo dos anos 2000, quando lançou seu primeiro longa, Cão que Ladra não Morde (Flandersui gae), sobre um professor universitário que fica irritado com o barulho de um cachorro e decide tomar medidas drásticas.
Parasita é o sétimo longa do aclamado diretor, que depois de estrear, lançou outros seis filmes: Memórias de um Assassino (Salinui chueok, 2003), O Hospedeiro (Gwoemul, 2006), Mother – A Busca pela Verdade (Madeo, 2009), Expresso do Amanhã (Snowpiercer, 2013) e Okja (2017).
O clássico moderno Memórias de um Assassino mergulha na investigação por trás de um conhecido caso de assassinato em série que nunca foi resolvido, representando o autoritarismo da época com sátira e perspicácia. O Hospedeiro tem como base o sequestro de uma jovem por uma estranha criatura que se arrasta para fora do rio Han, reinventando o gênero de filme de monstros e fazendo comentários sociais. Já Mother conta a história de uma mulher tentando proteger seu filho de uma acusação de assassinato, em um retrato sombrio do amor maternal levando ao extremo.
A ficção científica Expresso do Amanhã retrata os últimos remanescentes da humanidade num futuro congelado, devido ao excesso de esforço humano para deter o aquecimento global. O longa é o primeiro filme falando em inglês feito pelo cineasta, ou, quase, já que Kang-ho Song, um dos protagonistas de Parasita, tem cenas faladas em coreano. O filme possui um elenco recheado de estrelas de Hollywood como Chris Evans, John Hurt, Jamie Bell, Octavia Spencer e Tilda Swinton.
Okja,distribuído globalmente pela Netflix, acompanha a aventura de uma garota para resgatar um “super porco” geneticamente modificado, que foi criado por uma corporação visando aos fins lucrativos. No longa, Bong voltou a trabalhar com Tilda Swinton, além de outros nomes conhecidos no cinema norte-americano, como Jake Gyllenhaal, Paul Dano e Lily Collins. A produção foi indicada à Palma de Ouro em Cannes, prêmio que seria conquistado em 2019 com Parasita.
Conhecido por seu humor cortante, socialmente incisivo e distorção das convenções de gênero, Bong Joon-ho levanta questões sobre as instituições sociais e as desigualdades da sociedade com uma mistura única de humor, emoção e suspense. Nesse sentido, Parasita é um filme muito característico dentro do trabalho de Bong Joon-Ho, ao mesmo tempo que leva o diretor a evoluir para um novo nível.
Parasita foi o maior vencedor do Oscar esse ano. É o primeiro longa sul-coreano indicado ao Oscar e, consequentemente, o primeiro que venceu também. Além disso, a produção tornou-se o primeiro filme estrangeiro a vencer na categoria Melhor Filme. Leia a nossa crítica de Parasita.
O filme conta a história de uma família que vive em um porão sujo e apertado, mas uma obra do acaso faz com que um dos membros da família comece a dar aulas de inglês a uma garota de família rica. Fascinados com a vida luxuosa destas pessoas, pai, mãe e filhos bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa, um a um. No entanto, os segredos e mentiras necessários à ascensão social custam caro a todos.
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